Praticar algum exercício físico é essencial para a saúde de uma criança, mas muitas vezes as mães não sabem no que matricular os filhos. Para aquelas crianças que gostam de água, uma opção muito saudável é a natação.
De acordo com Paloma Raiol, especialista em educação física, com ênfase em natação infantil, a natação é importante porque proporciona à criança melhora na sua aptidão física e socioafetiva, pois o desenvolvimento na água ocorre de acordo com sua maturação, com aprimoramento de seus reflexos e de sua coordenação. "Isso faz com que essa criança aprenda de uma forma lúdica a se comunicar com outras pessoas, já que será o seu primeiro contato social. Além de ser uma atividade física sistematizada, que favorece a tomada de consciência do bebê em relação a si, ao meio, ao grupo e à sociedade", explica Paloma.
Os benefícios são inúmeros e vão desde a melhora da coordenação motora, dando a essa população noção de espaço e tempo, além de prepará-las psicologicamente e neurologicamente para o autossalvamento, isso tudo somado a uma melhora significativa do sono, melhoras no aspecto cardiorrespiratório, melhora do apetite, desenvolvimento da lateralidade, aumento da flexibilidade e da força, como mostram muitos estudos.
Ela não tem contraindicação, logo pode ser praticada por qualquer criança. "Claro que é sempre bom o pai estar respaldado por um atestado médico, visto que algumas piscinas são tratadas à base unicamente de cloro, o que pode causar alergia em alguns pequenos", diz Paloma.
Mas quando matricular a criança na natação? Paloma diz que, segundo alguns autores, a natação pode ter seu início desde os três meses de vida, que é quando essa criança já consegue segurar o seu pescoço, mas o ideal seria a partir dos seis meses de vida, pois com essa idade já estaria com a maioria de suas vacinas tomadas.
É de suma importância a presença dos pais ou de algum familiar, devido ao afeto e segurança que a criança tem relação a eles. A presença dos pais funciona como um elemento de segurança física da criança, já que dificilmente o professor conseguirá controlar o comportamento de inúmeras crianças, num ambiente tão propício a acidentes. Além disso, os pais funcionam como um agente intermediário que possibilita a aproximação do professor com o bebê. "O ideal é que essa criança seja acompanhada até os três anos, que é quando sua capacidade de assimilação e concentração já está desenvolvida, fazendo com que obedeçam a comandos", diz ela.
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