quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Os instrumentos musicais

Desde muito pequenas, as crianças sentem-se atraídas pelo maravilhoso mundo dos instrumentos musicais. Mas antes de decidir qual instrumento seu filho deve aprender, é preciso considerar alguns aspectos.

Quando começar?
A idade ideal para uma criança começar a tocar um instrumento musical é... O aprendizado jamais deve ser imposto pelos pais. É a criança quem deve escolher que instrumento quer tocar, em função de seus gostos e preferências.
Se ela demonstrar interesse e os pais quiserem que aprenda rápido, é essencial que o professor escolhido tenha experiência comprovada com crianças pequenas. Existem escolas especializadas, que não ensinam de forma complicada ou disciplinada como nos conservatórios que formam músicos profissionais. Pelo contrário: o professor aproveita a espontaneidade e o amor dos pequenos pela magia do som, e as aulas se transformam em uma série de brincadeiras com música, e não em uma tarefa obrigatória.

Como escolher um instrumento?
O primeiro passo é conhecer bem as características, gostos e jeito de ser da criança. Ainda assim, a escolha de um instrumento musical pode gerar um dilema entre pais e filhos. Por isso, é aconselhável dar abertura à criança para que ela possa alterar sua decisão.
Um segundo trabalho é informar-se bem sobre os diversos instrumentos musicais, e as dificuldades ou facilidades que a criança encontrará para executá-los. Não esqueça de seu filho também precisa conhecê-los de perto. Para isso, leve-o a concertos, onde poderá escutá-los, diferenciá-los e observar como são manuseados. Outra opção é matriculá-lo em aulas de iniciação musical, em que poderá experimentar diferentes instrumentos de forma mais direta.
Um fator importante a se levar em consideração é a estatura da criança, o que pode facilitar ou dificultar o manejo de determinados instrumentos. No entanto, a altura não é determinante para os primeiros passos na educação musical. Existem instrumentos de tamanho reduzido para os menores, que vão sendo substituídos por outros maiores à medida que a criança cresce.

Uma decisão familiar
Quando a criança decide estudar um instrumento musical, isso pode exigir um esforço maior por parte dos pais ou outros familiares, que precisarão levá-la ao local das aulas e ajudá-la a transportar o instrumento. Em alguns casos, como flauta e violino, tamanho não é problema, mas instrumentos grandes como harpa e contrabaixo podem gerar complicações na hora do transporte.
A execução de instrumentos musicais exige muitas horas de prática. Geralmente, isso não costuma afetar o rendimento escolar da criança, mas pode se tornar uma experiência incômoda para os demais integrantes da família. A prática costuma ser muito diferente dos maravilhosos concertos que escutamos depois que as peças foram exaustivamente ensaiadas.



Respostas criativas
É importante ter em mente que aprender um instrumento musical não é a única forma de desfrutar e fazer música. Você também pode estimular seu filho a construir seus próprios instrumentos e inventar as regras para executá-los. Por meio de diferentes materiais que despertem sua curiosidade e apresentem problemas, ele poderá gerar soluções de forma espontânea.
Alguns desses instrumentos caseiros podem ser: varas sonoras, colando-se tubos de rolos de filme vazios ou cheios, de diferentes tipos; tambores feitos com latas ou caixas de papelão; maracas feitas de recipientes plásticos contendo arroz; guitarras montadas a partir de potes de amaciante, com um orifício redondo no centro e tachinhas de ambos os lados para apertar as cordas; luvas com chocalhos nos dedos ou tampas de metal com um orifício no centro, trespassadas por um fio.
Você pode utilizar estes instrumentos para brincar de orquestra com as crianças. Elas podem cantar uma canção em que cada uma toca uma estrofe diferente e se unem no estribilho, ou adivinhar os diferentes sons de cada instrumento artesanal gravando-os.
O importante é que a inclinação de seu filho para a música e os instrumentos não se transforme em um limite para sua criatividade, e sim em seu estímulo mais importante. Para atingir este objetivo, é preciso fazer um esforço e esquecer o que você gostaria que ele tocasse, abrindo espaço para que expresse seus desejos e potencialidades.

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